segunda-feira, 14 de abril de 2008

Mors liberatrix

Na tua mão, sombrio cavaleiro,
Cavaleiro vestido de armas pretas,
Brilha uma espada feita de cometas,
Que rasga a escuridão, como luzeiro.
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Caminhas no teu curso aventureiro,
Todo envolto na noite que projectas...
Só o gládio de luz com fulgas betas
Emerge do sinistro nevoeiro.
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-"Se esta espada que empunho é coruscante,
(Responde o negro cavaleiro-andante)
É porque esta é a espada da Verdade.
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Firo mas salvo... Prostro e desbarato,
Mas consolo... Subverto, mas resgato...
E, sendo a Morte, sou a liberdade."

Antero de Quental